Uma mente repleta de ideias, concepções, conceitos e respostas prontas é o epicentro da guerra das vozes internas, onde o sono não consegue ser o senhor da noite, e a paz é a utopia do dia.
Falando ou pensando o que não tem importância, a tagalerice de uma mente sem domínio, é representada, na mitologia grega pela Medusa, onde cada serpente cortada em sua cabeça, transformam-se em duas, ainda mais inquietas. Pensamento tem vida e se prolifera, para defender sua existência na cabeça dos perdidos em sua desorganização mental apegados ao ego. O corpo adoece do que a língua fala. O sábio procura aquele que perdeu a língua, para conversar.
A solução simples, embora não seja fácil, é educar a mente para transformar a dialética em uma ética na construção coletiva do bem comum. Assim as miríades vozes em direções diversas, silenciam.
A Maçonaria diz que o silêncio é mais do que a ausência de som, é o espaço onde a alma se revela. Há um silêncio que vem com os anos, e não é apenas a ausência de ruído, mas a transição suave do conflito para a serenidade que chega com a idade. O silêncio desenha a estética da saúde, por estar centrada na presença da luz, e voa alto, nas asas da calmaria.
Do silêncio nasce novo ritmo de vida, há presença no imediato, e é possível usufruir do efêmero, dentro dos corações e mentes livres dos emaranhados de discussões inúteis, brigas inócuas, permanecendo sóbrio diante das falas ácidas, dos azedumes de pensamentos doentios carregados de disputas, ódios intrigas, e diante da maledicência sente o poder cicatrizante do bálsamo, sem ter que revidar nada, esta é a libertação, onde a tranquilidade mora.
O namorado da luz, descobre o que realmente importa e, nem o chamado da terra é motivo para temer, e sim para dançar o último momento do ciclo natural da vida na busca pela singularidade, onde nada mais precisa ser provado, e o silêncio é a canção da paz.